quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Entrevista Guilherme Lobo "Hoje eu Quero Voltar Sozinho"

"Meu pai e avô são um pouco conservadores nesse quesito (gay). Mas não houve nenhum bloqueio nem nada do tipo."
Guilherme Lobo me concedeu essa entrevista em julho de 2013, e a meu ver nem eu nem o ator tinha a ideia de tanto sucesso com o filme "Hoje eu quero Voltar Sozinho" longa de Daniel Ribeiro, o filme foi indicado e ganhou o prêmio da Firepresci na seção Panorama do Festival de Berlim, além de diversos outros prêmios, no final de semana de estreia do longa arrecadou R$ 415.000,00, E obteve críticas incríveis. Lobo tem como sonho constituir uma família e obter sucesso produzindo sua arte, além de ator é pianista , ama entreterimento e prática esportes regularmente.

Como, você conheceu o projeto "Eu não quero voltar sozinho"

Um amigo meu, Júlio Oliveira, também ator, ficou sabendo que estavam fazendo testes com atores adolescentes pra um determinado curta metragem e me passou o contato da produtora. A princípio eu não sabia qual era a temática do filme. Fui conhecer o projeto por completo apenas depois de integrar o elenco.

Você esperava a repercussão que o curta teve, no Brasil e no exterior?

Não mesmo! Achei que não passaria do Porta Curtas. Não conhecia nem um pouco do "Mundo do Cinema".

O que Daniel Ribeiro deixou mais claro no longa, que não expôs no curta?

O longa acompanhou o crescimento das personagens, de certa forma. Passaram-se três anos da filmagem do curta pra filmagem do longa e o Daniel colocou essa "envelhecida" das personagens, no filme. Com isso vieram conflitos diferentes, sobre circunstâncias diferentes. Personagens que no curta só eram citados, no longa ganham vida. E por aí vai...

Como eram os sets?

Simples. Não tínhamos muita verba, mas não faltava nada. O filme foi feito em película, por isso foi feito um ou outro corte em termos de estrutura cinematográfica. Porém, no que se refere a estrutura pra equipe e atores, creio que não houve nenhum corte. Porque realmente era tudo muito bom e bem feito.

Como é a sua interação com os fãs?

Tento ao máximo responder as mensagens e perguntas que me fazem, mas às vezes não tenho tempo, às vezes passa batido... Mas é muito gratificante receber as mensagens, respondê-las e depois ouvir (ler, no caso) um "Obrigado!". E quando acontece de eu ser reconhecido na rua, tenho certa dificuldade pra lidar. Tenho medo de como agir e talvez parecer metido.

Qual a sua melhor lembrança das gravações?

O desafio geral. Nunca tinha interpretado um cego, nunca tinha trabalhado com cinema, nunca tinha recebido direções (de diretor) tão diretamente. Essas novidades são, em conjunto, minhas melhores lembranças.

E qual a maior dificuldade de interpretar um deficiente visual?

Os diálogos. Conversar com a outra pessoa sem olhá-la nos olhos. É difícil sentir a intenção e mais difícil ainda passar intenção.

E o beijo, como você se sentiu?

Na época foi um pouco estranho. Eu era (ainda mais) novo e tinha um pouco de receio da reação das pessoas próximas. Meu pai e avô são um pouco conservadores nesse quesito (gay). Mas não houve nenhum bloqueio nem nada do tipo. Os ensaios do beijo correram normalmente e as filmagens, mais ainda.

E quais são as suas expectativas em relação a estreia do longa?

Estou tentando não criar muita expectativa pra não me decepcionar caso as mesmas não sejam atingidas... Mas é difícil! O projeto tem bastante reconhecimento prévio. Bastante gente acompanhou as filmagens e ensaios pela página do facebook no mesmo site. É uma história esperada e já um pouco conhecida.

Tem projetos para o futuro?

Muitos! (risos) Profissionais, pessoais. Os dois juntos. Mas vamos ver como a vida vai caminhar.

- Por Gabriel Macedo

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